sábado, 24 de dezembro de 2011

Capítulo 4: Meus olhos se abriram... (parte Dois)

Sequer a metade... ele ainda não havia usado metade do seu poder, mesmo lutando contra os cinco, de uma só vez. Era algo realmente impressionante. Naquele momento, apesar de não transparecerem, eu podia sentir um forte temor nos meus irmãos e, confesso, também começava a sentir isso levemente, entretanto minha sabedoria e sensatez me permitiam controlar melhor isso. Mas isso estava longe de ser o suficiente para derrotá-lo

- Não serás triunfante nessa batalha, criatura tenebrosa! - exclamou Asriel, levantando-se novamente, empunhando sua lança.
- Não te apresses, irmão - eu o adverti.
- Sejas prudente, inseto, e ouças a voz de teu irmão, para que não acabe morrendo.

Se aquele teimoso tivesse me dado ouvidos, ele não teria sofrido tanto. Por sorte, Zasalamel teve piedade dele, quando mais uma vez, meu irmão o atacou sozinho, aliás, creio que ele teve sorte.

- Como consegue ser tão fútil?

Em sua segunda investida contra aquele monstro, Asriel, surpreendentemente, teve um assombroso aumento de desempenho trocando golpes com Zasalamel, porém, claramente não teve sucesso e foi mais uma vez chutado aos nossos pés.

Minha mente não aceitava como e por quê existiria algo tão poderoso e ao mesmo tempo tão repleto de maldade. De onde ele veio? O que ele queria? "E agora!?... Como podemos enfrentar uma coisa dessas?" pensei. De repente, pude ouvir uma voz inconfundível em minha cabeça, uma das pouquíssimas que me trazia conforto e paz - mal sabia eu que seria a última vez que a ouviria -, era o meu Criador.

"Só há uma virtude capaz de destruir qualquer impureza." Após isso, foi como se meus olhos tivessem se aberto e pude ver que havia um único meio de derrotá-lo.

- Gabriel, Asriel, Miguel, avancem novamente, preciso ter certeza de uma coisa antes de botar meu plano em prática.
Eles acenaram com a cabeça, concordando com as minhas ordens.
- E eu? - perguntou Isabel.
- Não esqueci de você. - pisquei para ela.
- Pare com isso... - disse, meio constrangida - Fale-me logo, o que planeja?
- Já percebeu que de todos nós, você foi a única que ele não conseguiu acertar em nenhum momento.
- Estou fazendo o máximo que posso - com o ar de quem tenta se redimir por ser incapaz de fazer certa coisa.
- Não se preocupes, minha querida. E também percebeu que as armas de Miguel, Gabriel, Asriel e eu, não surtem nenhum efeito nele?
- Antes de você me dizer isso, não.
- É porque nossas virtudes não são o ponto fraco, muito pelo contrário. Sabedoria, força coragem e esperança ainda podem ser usadas para o mal, minha cara. Mas não o amor.
- O que quer dizer?
- Que de nós, você é a única que pode destruí-lo. Essa criatura que só sabe causar destruição, só pode ser vencida pelo amor.

Enquanto expus minha teoria à minha irmã, percebi que meus outros irmãos puderam fundamentá-la de vez para mim. Num breve momento de fúria, Miguel, com a ajuda de Asriel e Gabriel conseguiu acertá-lo de forma certeira com sua espada o torso de nosso adversário, mas de algum modo, ele conseguiu absorver o impacto, e o devolveu para Miguel, arremessando-o muito longe.

Nesse meio tempo, disse o que Isabel deveria fazer. A sua arma, uma espada com duas lâminas opostas e curvadas, formando uma meia lua, poderia ser usada como um arco, concentrando energia nele, sendo possível acumular um poder maior que um golpe normal com as lâminas.

- E se eu não conseguir?
Sempre cheia de incertezas, contradições e conflitos internos. Era assim a natureza de Isabel, fazendo jus à sua virtude.
- Não se preocupe. Apenas comece a concentrar energia em sua arma para disparar quando eu mandar.

Terminando de dizer tais palavras, corri para me juntar aos meus irmãos e logo Miguel voltou ao combate.

- Vossa insistência é deveras admirável, porém muito impertinente, meus caros.

Zasalamel desferiu um golpe contra Gabriel que por pouquíssimo conseguiu desviar e em seguida, com o mesmo impulso atacou a Miguel e a mim, que estavam lado a lado, e com muito esforço conseguimos defender o ataque juntos.

- Já me cansei de vocês!

Gabriel e Asriel tentaram aproveitar-se do momento e investiram contra o monstro que, os repeliu simplesmente com as asas. Miguel e eu também tentamos, porém meu irmão foi acertado em cheio por um chute e só sobrou a mim. Apenas eu, frente a frente com aquela criatura.

- Lúcifer! - exclamou Isabel, preocupada.

Infelizmente, o grito dela, fez com que Zasalamel voltasse sua atenção pra ela e percebeu que em sua arma havia uma quantidade muito grande de energia. Pela primeira vez eu vi um semblante de espanto real da parte dele, naquela luta.

- Vou destruir você, sua insignificante!

Se ele detivesse Isabel, nossa única esperança seria perdida e eu não podia permitir que isso ocorresse. E eu não tive outra escolha quando o vi indo contra ela para não fazer outra coisa que não fosse matá-la. Não seria capaz de segurá-lo, então fui o primeiro ser a fazer a maior estupidez de todas, digna de um ser humano.

- Lúcifer, não!
- Aaaarrghhhh!

Me coloquei na frente de Isabel e recebi o golpe em seu lugar. A espada de Zasalamel atravessou-me o torso.

- Isab...bel.... AGORA!
- Mas o que é isso!?

Um forte clarão tomou aquele lugar e um som muito agudo foi ouvido, alguns segundos depois tudo voltou ao normal, tanto a luz, como o barulho sumiram, assim como Zasalamel. Tudo o que restara agora, eram alguns milhares de irmãos jogados por todos os lados, e os 4 arcanjos se aproximando de mim.

- Irmão! - gritou Gabriel, preocupado comigo.
- Vamos, reaja! - disse Miguel.

O ferimento causado pela espada de Zasalamel não fora comum - se é que pode-se considerar comum um anjo ferido -, estava negro. Nos primeiros instantes, aquilo foi uma sensação terrível, algo que nem mesmo eu saberia expressar com palavras. Era como se houvesse algo morrendo dentro de mim, fui sentindo aos poucos uma outra sensação, algo que me tornou completamente diferente de como eu era originalmente. Comecei a sentir orgulho da minha sabedoria, do meu conhecimento, beleza e poder. Levantei-me lentamente, e por alguma razão, eu vi algo perturbador demais para aquele meu novo eu... Eu vi o futuro.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Capítulo 4: A verdade sobre o Início... (parte Um)

E no princípio, criou Deus os céus e a terra... Moisés equivoucou-se ao usar a expressão "E no princípio...". Na verdade, o princípio foi há muito tempo antes da criação da Terra, no tempo em que ainda não se contava o tempo.

Teoricamente, nunca houve um começo, porque Deus é o começo e Ele sempre existiu. O que foi? Se eu tentasse lhe explicar de uma forma mais detalhada, seu cérebro explodiria... Todos nós fomos feitos à sua imagem e semelhança, e isso não reflete apenas na aparência ou alguns modos de agir e pensar. Por mais insignificante que seja sua inteligência, já deve ter percebido que todos vocês, humanos, possuem um lado sombrio, que na maioria das vezes vocês mesmos escondem, por temerem mostrá-lo... Pois bem... No começo, o que é totalmente relativo, já que é impossível ser preciso quanto a ocorrência de tal fato, Deus, alcançou todo o poder sobre o universo ao separar-se de sua parte sombria, mas devido a grande quantidade de poder liberada durante o processo, essa energia malígna originou um ser muito poderoso, o ser mais próximo de Deus, contudo, repleto e feito de maldade e trevas. Um ser poderoso demais que ameaçaria o maior plano de Deus, a Criação.

Houve um breve confronto entre os dois seres. Breve, pois facilmente Deus derrotou sua contraparte, já que havia ficado com uma parcela ridiculamente maior de poder. Esse ser, que assim como meu Criador, não possuia nome, foi selado, jogado para fora desse universo, onde não existe tempo ou espaço... Não entendeu?... Pense no universo como uma bolha, Deus o jogou para fora da bolha...

Passaram-se o que para você, seriam milênios, e Ele nos criou, os Anjos. Perfeitos, belos, cheios de poder e inquestionavelmente tementes ao seu Criador.

A paz e a harmonia reinavam no Paraíso, até o dia em que surgiu a Destruição. Ninguém sabia de onde havia surgido aquela coisa, pois com certeza não era obra de nosso Criador, mas tinhamos certeza que não possuia um mínimo de educação. Assim que apareceu próximo aos portões do Paraíso, ele os arrebentou como se fossem feitos de papel. Começou naquele momento, uma violenta batalha... Na verdade, uma violenta surra, pois nenhum anjo era capaz de pará-lo, e a cada segundo que passava, ele avançava mais e mais no Céu, seu poder era imcomparável e os esforços das legiões celestiais eram totalmente inúteis, não importava quantos anjos o enfrentasse de uma só vez, pois ele simplesmente os derrubava... Foi aí que resolvi parar com aquilo, e fui enfrentá-lo...

- Quem é aquele, que com tamanha ira, ousa causar desordem na morada do meu Criador? - Disse eu.

Aquela coisa, que acabava de derrubar mais um irmão meu, virou-se para mim mostrando sua verdadeira e horrenda aparência. Assim como eu, ele possuía seis asas, porém essas como as de um Dragão, possuía uma pele branca, muito pálida, que contrastava com estranhos símbolos tatuados por todo o seu corpo, seus olhos, negros, revelavam um desejo doentio de destruir tudo que visse...

- Eu sou... - Uma forte ventania tomou conta do local - a detruição...
- Destruição?
- Meu nome é Zasalamel! - uma espada surgiu nas mãos dele de repente - E eu vou destruí-lo!

Aquela coisa avançou contra mim com uma selvageria tremenda, eu mal podia defender-me dele, e sabia que uma hora ele me acertaria, mas para minha própria surpresa, repentinamente fui colocado na presença de meu Criador, e com seu grandioso esplendor, disse:

- O que está havendo, Lúcifer?
- Pai... Este ser invade e causa desordem em teu reino, o que farei? - Disse.
- Eu já sabia do que precisavas. E vou lhe ajudar.

Quatro silhuetas luminosas surgiram atrás de meu Senhor.

- Estes são Isabel, Gabriel, Asriel e Miguel...
- Novos anjos?
- Não são anjos, Lúcifer... São arcanjos. - Respondeu Ele.
- Arcanjos?
- São anjos criados especialmente para liderar e fazer frente nas legiões do céu...

Ele calmamente dirigiu-se para o seu trono de glória e se assentou.

- Vocês cinco são os anjos mais poderosos de toda a criação. São a essencia viva das cinco virtudes mais valiosas que existem...

Instintivamente, nós cinco, demos um passo à frente e nos ajoelhamos.

- Lúcifer, a sabedoria; Miguel, a força; Gabriel, a esperança; Asriel, a coragem; E tu, Isabel, o amor.

Ele brevemente levantou-se de seu trono.

- Cuidem de tudo. Logo voltarei.

Logo nós cinco partimos ao encontro de Zasalamel. Nós o encontramos em cima de uma pilha, na verdade uma montanha, de dezenas de milhares de anjos que não puderam vencê-lo.

- Eu sobrepujei os serafins mais poderosos de teu Deus, pensas que pode derrotar-me porque trouxestes mais quatro para enfrentar-me? - Disse ele à mim.

Certos de nossa vitória, nos encaramos, segurando o riso, e voltamos a nos concentrar em Zasalamel.

- Podes ter prevalecido sobre estes que fazes questão de pisar, mas saibas que estamos aqui para derrotar-te em nome de Deus! - Exclamou Miguel.
- E comparas estes que tu pisas conosco? É como comparar uma adaga quebrada com a mais afiada das espadas! - Completou Asriel.

Com o seu bater de asas, ele mandou para longe os anjos em que pisava como se fossem folhas secas, espalhando-os por todos os lados.

- Me alegro em saber que vós não pertenceis ao mesmo patamar de poder que vossos irmãos. Mas podeis provar-me isto?

Nos colocamos em posição e empunhamos nossas armas.

- Como prova do pouco respeito que tenho por vós, permitirei que ataqueis primeiro. - Disse ele, embanhando sua espada.

Asriel, o mais impulsivo e impaciente de nós, não conformou-se com tamanha insolência.

- Como ousa embanhar tua espada perante teus inimigos?! - Asriel apontou sua lança na direção de Zasalamel, e tomado por sua notória impulsividade, partiu ao ataque.

Com grande habilidade, Zasalamel, desviou da lança, e no momento em que Asriel passou por ele, derrubou-o, fazendo com que caísse a alguns metros de distância. Gabriel, Miguel e Isabel, olharam aquela manobra perplexos, pois ele derrubara Asriel sem o mínimo esforço.

- Ora... Parece que eu sou a espada mais afiada de todas e você é a adaga quebrada, anjo... - Disse Zasalamel, debochando de Asriel.

Nesse momento, Miguel e Gabriel partiram para cima de Zasalamel. Os dois eram formidáveis guerreiros, porém, Zasalamel ainda sem problemas conseguia se defender.

- Apenas irá observar, Isabel?
- De forma alguma, Lúcifer...
- Me concede a honra da dança? - Disse eu, dando um leve sorriso.
- Não é hora pra dançar! - Disse ela, mostrando claramente não ter entendido o que eu quis dizer.
- Apenas ataque junto comigo, fui claro?
- Sim...

Miguel e Gabriel estavam começando a ter dificuldades para enfrentar Zasalamel, mas a luta foi equilibrada assim que Isabel e eu entramos.

- Essa é a força que possuem os anjos de Deus? Lamentável! - Exclamou Zasalamel
- O que quer dizer? - Perguntei.

Com um bater de asas, este mais forte do que o primeiro, ele nos mandou para longe.

- Não usei metade da minha força ainda...

(CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO XD)

terça-feira, 2 de março de 2010

Capítulo Três: Um Novo Caminho...

Após o infeliz encontro com Raphael, e que obviamente eu já sabia como terminaria, coloquei em ação mais um de meus infinitos planos.

Como já mencionei, ele tocava em uma banda e possuía uma amizade muito forte com seus companheiros musicais - Atingí-los? Hahaha... Está quase pegando o espírito da coisa, mas não seria eu quem sujaria as mãos. Só precisei criar uma mentirinha, e pedir para que meus subalternos a espalhassem...

Tudo ocorreu exatamente como planejei, nos mínimos detalhes. Permita-me voltar ao foco da história...

Depois de ter exagerado com o álcool, Raphael sofreu um pequeno acidente; ao subir a escadaria de entrada do prédio, acabou caindo para trás, cumprindo apenas as duas primeiras normas da bebedeira: Beber e cair. Quanto a parte do levantar... Ele só pode cumprir na manhã seguinte e viu que havia quebrado o braço esquerdo.

O que isso tem a ver com meu plano? Ora, não me apresse! Odeio isso.

Como dizia... Raphael quebrou o braço, logo não estava em condições de tocar sua guitarra, então não poderia tocar no show que haveria logo à noite, com isso, seus companheiros tiveram que arrumar um substituto para aquela noite.

Na manhã seguinte, a notícia já havia se espalhado. Em todos os jornais e canais de televisão o assunto era o mesmo: 'Show termina em tragédia, todos que estavam no local morreram no incêndio'... Tenho que admitir, quem fez isso foi muito criativo. O quê? Não, não fui eu, eu juro. Eu disse que não sujaria minhas mãos... Apenas provoquei outro ser para fazer isso.

Raphael mal podia acreditar no que via na televisão, ele estava em estado de choque emocional, não reagindo a nada ou falando uma palavra sequer.

Após pasar pelo choque emocional, ele não se conteve e correu até o local do ocorrido. Ele era muito esperto, conseguiu facilmente entrar no salão. A cena que ele presenciou era... Horripilante, aos olhos dele, é claro, para mim aquilo era uma obra de arte. Cada corpo carbonizado de forma que só os corpos, e somente os corpos fossem queimados; roupas, celulares, calçados, instrumentos, instalações, o salão em si, estava tudo... Intacto...

- Mas que merda é essa? - Indagou Raphael.
- Pode ver que isso não se encaixa nos padrões de 'normal' para sua raça. - Respondi.

Ele se virou para mim com uma expressão de ódio, como se eu fosse o responsável por aquilo.

- Que tipo de psicopata você é? - Disse ele, sem me dar tempo de responder e me dando um soco na face.

Não demorou muito para ele ter percebido que não fez uma coisa inteligente.

- Sua mãe não lhe deu educação? - Disse, o erguendo no ar e exercendo pressão sobre o corpo dele.
- Ah! Me desculpe! Que tolice a minha... Você não conheceu a sua!
- Desgraçado!!! Eu vou te matar!!! - Disse ele em meio ao seu pranto de raiva.
- Creio que agora está interessado em conversar comigo.
- Conversar sobre o que, seu lesado, filho de uma puta! Ah, esqueci, você nunca teve mãe!
- Hahaha... Seu inconformismo ficou tão explícito agora... Imagina agora... - Disse, me abaixando para tirar a pulseira de um cadáver que parecia ser uma garota.
- O que é isso? - Disse ele.
- Uma pulseira... Idiota. - Respondi, num tom seco.
- Afinal, o que você quer ser assassino de merda!?
- Me lembro do dia em que você deu isso a ela.
- Do que está falando?

O coloquei no chão e entreguei a pulseira para ele.

- Mas isso...

Ele ficou estático quando reconheceu o objeto.

- É uma pena, não? - Disse eu.
- O que ela fazia aqui?
- Ora, Raphael, seu pai não te ensinou a ser um garoto inteligente? Ah, esqueci, você não conheceu seu pai...
- E o seu não te ensinou a não ser tão idiota? Ah, esqueci, ele chutou sua bunda pra fora de casa...

Apesar das palavras de ofensa contra mim, correu até o corpo, e se abaixou, aparentemente segurando o seu choro.

- Sabe... Não adianta... Não faz a MÍNIMA diferença, você querer manter sua pose de inabalável... Você não é isso!
- O que ela fazia aqui...? - Disse ele, me encarando com lágrimas nos olhos.
- Ela queria vê-lo... Sabia que apesar de todos esses anos terem se passado, ela nunca se perdoou pelo que ocorreu naquela noite? Que em meio a esse tempo todo ela ainda o amava? Hahahaha, muito engraçado, não é?

Ele retornou o olhar para o cadáver da jovem, desabando em lágrimas dessa vez.

- Sabia que ela nunca se apaixonou por outro homem? Que ela tinha esperança de um dia estar ao seu lado de novo?

Ele se levantou, ainda encarando o corpo. Eu caminhei até ele ficando frente a frente com ele.

- Ela tinha vindo até aqui porque queria falar com você, Raphael... Lhe pedir o que ela mais ansiava desde aquela noite...

Ele me encarou com lágrimas nos olhos, porém com uma feição de ódio.

- Seu perdão, Raphael!

Apontei para o corpo da jovem.

- E veja! Veja como a sua querida Cassandra terminou! Veja como seus amigos terminaram! Isso tudo poderia ter sido evitado!!!

Ele passou a mão na cabeça, e com um olhar distorçido ele me agarrou pelo pescoço.

- Você mata aqueles que eu amo e depois tenta jogar a culpa em mim? Seu sádico, filho da puta!!!

Eu não reagi ao seu momento de raiva e ódio, aquilo de certa forma era bom, era esse o lado em Raphael que eu procurava despertar.

- Hahaha... - Olhei para o lado, e voltando a encará-lo com um sorriso estampado em meu rosto, voltei a falar - E quem disse que foi eu quem fez isso!?

Ele me encarou como se eu tivesse dito a maior mentira de todas, mas por quê? Era a mais pura verdade...

- Acha mesmo que vou acreditar niss? Hein? Hein? - Disse ele, me sacudindo.
- Para começar, garoto, eu não minto! Tire qualquer esteriótipo imposto a minha pessoa pela sociedade e a maldita Igreja! Como pode ver, sequer tenho chifres!

Ele me largou, e eu arrumei meu terno.

- Eu sei quem fez isso, e eu queria sua ajuda para combatê-lo quando nos encontramos pela primeira vez, mas o 'senhor sabe tudo', sequer quis me ouvir!!!
- Mas então, 'senhor sabe mais que tudo', quem foi o idiota que fez isso!?!? Não vai me dizer que foi viadinho do anjo Gabriel, é? Ou será que foi o cara metido a machão, o arcanjo Miguel?
- Pra começar, você vai precisar parar com seu ar irônico...
- Então me diz logo quem foi, porra!!!
- Zasalamel.
- Zasala o quê?
- O ser detentor do maior poder de destruição de toda a criação.
- E por que raios ele fez isso?
- Ele estava atrás de você... Era você quem ele queria matar...
- Eu? Mas como assim? Aaaaahh!!! Isso é demais pra uma pessoa normal - Disse ele pondo as mãos na cabeça.
- Você tem algo que ele quer, eu ainda não sei o que é, mas pelo menos temos uma vantagem.
- E qual é?
- Ele não sabe quem é você.
- Nossa! Vocês anjos são tão espertos, né?
- Ele... É poderoso demais para ser classificado como um anjo.
- Ele é mais forte que você?
- Mais forte que qualquer arcanjo criado por Deus, para expulsá-lo do Paraíso, foram necessários quatro arcanjos e um serafim...
- Mas...
- Chega de perguntas! Terei tempo para responder a todas elas, mas agora, preciso levá-lo a um local seguro, onde poderei ajudá-lo a despertar o poder que possui.
- Poder? Eu tenho poder?
- Não necessariamente, é uma longa história. Já disse que explicarei tudo, mas você terá que aceitar o nosso acordo...
- Acordo?

Eu puxei um pergaminho do bolso de dentro de meu paletó, e entreguei a ele.

- Estou aqui agora, para lhe entregar o que você mais precisa, Raphael. Aquilo que irá mover sua vida de agora em diante... A VINGANÇA!

Ele ficou um tanto assustado, ao ver minha expressão. Porém, olhou a sua volta e começou a pensar consigo mesmo... Todas aquelas pessoas ali, seus amigos, Cassandra... Todas mortas por sua causa, era assim que ele pensava agora, ele foi tomado por um desejo incomparável por vingança, sua expressão mudara, não era mais o Raphael que havia adentrado ali, era uma pessoa determinada a fazer justiça a qualquer custo, um ser não tomado, mas feito por PURO ÓDIO.

- Eu aceito...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Capítulo Dois: Olá! Meu nome é...

As sementes tinham sido plantadas e já era chegada a hora de colher os frutos do meu trabalho. Raphael já tinha 19 anos, estava cursando a faculdade de filosofia; um belo ateu. Mal sabia ele que essa inocência não duraria muito.

Era uma noite agradável de outono, Raphael voltava para casa e eu o seguia, tomei a forma que possuía nos meus tempos de glórias, só não sei porque não recupero o tom dourado do meu cabelo, deve ter sido alguma sequela da queda ou algo do tipo. Ah, sim, quase esqueço o que realmente interessa. Ao chegar na porta de seu apartamento, ele percebeu que estranhamente sua chave havia sumido, acho que você já tem uma idéia do dito cujo que fez isso... Eis que quando ele estava prestes a chutar a porta, surge uma figura misteriosa, na verdade, o tipo de cara que deixaria Tom Cruise com muita inveja, ou se apaixonar... Hahahah. Sim mas é lógico que era eu.

- Me parece que perdeu a chave.
- Sério? Você é mesmo um gênio, como chegou a essa conclusão, hein?
- Não seja grosseiro. Posso lhe ajudar, se quiser...
- É mesmo? Como? Usando o poder da mente?

Ele realmente adivinhou o que eu tinha em mente, mas sua falta de respeito para comigo me deixou um tanto nervoso.

- Deixe que eu lhe mostre.
Após estas palavras chutei a porta, arrombando-a, foi arremessada 2,69 metros pelo seu apartamento, derrubando junto o vaso chinês de sua falecida mãe. O que foi? Eu tinha de me vingar, sempre odiei o senso de humor grosseito dele.
- O que... o que foi que você fez? Que tipo de louco é você?
- Não, não sou louco, sou imcompreendido, é bem diferente...
- Cara, eu tenho uns amigos na faculdade que cursam psicologia, talvez eles saibam como ajudá-lo.

Ele disse isso enquanto levantava a porta derrubada.

- Não creio que seus colegas possam me ajudar, afinal, é com você que preciso falar.
- Talvez outra hora, melhor que você suma da minha frente, antes que eu resolva partir para a ignorância.

Ele ajeitou a porta, me deixando do lado de fora.

- Sujeito louco...
- Nunca lhe disseram que é falta de educação fechar a porta na cara dos outros? E eu não sou louco... Pelo menos não do meu ponto de vista...
- M... Ma... M... você ficou do lado de fora! Como fez isso?

Com esse susto, ele quase sujou suas calças.

- Acho que superestimei demais sua inteligência, não dando olhos a sua incrível ignorância, vejo que ainda não sabe quem sou...
- Lógico, como se você ao menos tivesse se apresentado.
- Não seja por isso, meu nome é...
- Não disse que queria saber seu nome, eu vou chamar a polícia...

Quanta ingenuidade...

- Não tenho certeza se poderão lhe ajudar, os policiais daqui só faltam urinar em suas calças ao se deparar com um chefe do tráfico, imagine ao se deparar com o Senhor deste mundo...
- Mas que merda é essa? A linha caiu, o telefone tá mudo...
- Que coisa, não? - Disse eu, me deitando no sofá.
- Quem é você? De onde saiu, de onde veio?

Sorri, e sabendo que ele conhecia a bíblia como ninguém, respondi:

- De rodear a terra, e passear por ela. Acho que agora já sabe quem sou...
- Você só pode estar brincando comigo.
- Não, não estou, Raphael.
- Que tipo de maníaco você é? Primeiro derruba a porta do meu apartamento, depois me assusta com um truque de mágica, se deita no meu sofá sem tirar os sapatos, e ainda por cima se apresenta como o diabo?!?!?!

Faço uma breve pausa aqui. Por um acaso, você tem idéia de como me sinto, quando vocês, porcos, abrem suas imundas bocas para se referir ao meu ser com esse nome ridículo? Esse é só um das centenas de motivos que tenho para odiar todos vocês. Voltando ao assunto...

- Eu exijo mais respeito, garoto, não sabe do que sou capaz. E se me chamar de 'diabo' de novo...
- Vai fazer O-Q-U-Ê!? Derrubar outra porta? Hein, D-I-A-B-O!!!

Eu ao menos tentei avisá-lo...

- O que foi? Ficou mudinho, foi, 'seu diabo louco'?!
- Se eu fosse você, pararia com essa pose, seria mais educado e...
- O quê?
- Não ficaria de costas para ele...
- Ele quem?

Ao olhar para trás, ele se deparou com um tigre-dentes-de-sabre que o olhava fixamente. E desta vez, sua bexiga não se conteve e Raphael ficou com suas calças completamente enxarcadas.

- Vou lhe dar duas opções, tudo bem? Ou você senta aí, fica quietinho e abaixa essa crista para que possamos conversar, ou o meu amigo retalha e devora você, enquanto como pipoca, relembrando os velhos tempos no Coliseu de Roma. Vamos, o que vai escolher?
- M... mas...
- Foi o que eu pensei. Fez uma ótima escolha, tenho certeza de que não irá se arrepender.

Depois dele ter concordado, o levei para o topo do Mirante do Vale.

- Hã?!?! Minhas calças... Estão secas... Mas que lugar é esse?
- Esse é o prédio mais alto da cidade de São Paulo... e Dessa espelunca que você chama de país...
- Por que me trouxe aqui?
- Será melhor para conversarmos.
- O que você quer comigo?
- Já disse, apenas conversar...
- Então... Você é mesmo o...?
- Lúcifer, esse é o meu nome, apesar de que, ao longo dos milênios recebi vários outros nomes, Loki, Anúbis, Hades, Baco, baal, e mais uma inacabável lista de nomes extremamente ridículos que a sua raça imunda me deu...
- Então não gosta dos nomes com os quais ficou conhecido?
- Nem um pouco, afinal, eu apenas caí, nada mais, não mudei de nome, ou virei um demônio...
- Só não entendi por que está se sujeitando a falar com alguém que deve odiar.
- Não estou aqui a toa, preciso tratar um assunto de extrema importância com você, e para isso, preciso aturar o cheiro fétido da sua alma
- O que quer dizer? Fala logo, essa sua enrolação está me deixando sem paciência!
- Ora! Acalma-se, mortal...
- Você quer minha alma, é?
- Não exatamente isso, veja...
- Olha, Lúcifer... Eu sei, pelo menos do que fiquei sabendo a seu respeito, que você não é lá de grande confiança, sabe? No momento, não estou interessado em nenhuma proposta sua, sério, não me leve a mal... Foi um imenso prazer conhecê-lo, mesmo, mas eu tenho que ir...
- Ora, ora... Está subestimando demais o anjo mais perfeito e poderoso de toda a criação...
- Como assim?!
- Acha mesmo que vou deixá-lo em paz, até que eu consiga o que quero?
- Olha, você vai me desculpar, mas... Vai fazer o quê? Me seguir até a porta da minha casa? Faça-me o favor... Me deixe fora de seus assuntos "angelicais, "divinos", "de extrema importância"... Não me amole com suas conversas...
- Tem certeza do que está fazendo?
- Absoluta! E se me dá licença, já vou indo... Ah, sim! Da próxima vez que encontrar com Deus... Diga a ele para...
- Não termine a frase... Não suporto ouvir palavras de baixo calão...
- Ainda por cima, é uma 'menininha fresca'!

Eu me segurei para não jogá-lo do prédio, até porque... Ele não me teria nenhuma utilidade morto. Na mesma hora, eu o mandei de volta para casa, fazendo com que caisse num sono pesado. Pobre garoto... Mal sabia o que lhe aguardava...

- Foi você que pediu por isso Raphael...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Capítulo Um: O Escolhido...

Lembro-me como se fosse ontem... Toda aquela vitalidade, ambição e vaidade. Nunca acharia outro mortal mais preparado para o que eu planejava, só precisei de um plano simples para trazê-lo para o meu lado. Seu nome era Raphael Machado; vou contar-lhes como tudo aconteceu.

Eu estava lá, desde o momento em que o mundo o recebeu, infelizmente, para mim, ainda não podia me aproximar dele, pois emanava uma luz muito forte, anormal para um recém nascido. Isso sem contar com aqueles bastardos alados sem vontade própria o cercando. Para minha tristeza, ainda haveria outros obstáculos a serem superados. Um deles poderia ter sido a sua raquítica avó, porém ela poupou-me o trabalho e falaceu quando ele ainda era um bebê... Ah, sim..., seus devotados pais... Morreram de uma forma tão 'trágica', num acidente de carro; o que foi? Por que está me olhando assim? Eu não tive nada a ver com aquilo, eu juro... Mas voltando à história...

Ele sempre foi uma criança realmente pura de coração, um tipo de ser humano raro nos dias de hoje. Assim que o garoto começou a andar, comecei minhas investidas, e fiz de tudo para que ele se tornasse o tipo mais desprezível de pessoa... Totalmente em vão, seu caráter no decorrer dos anos apenas se fortalecia, ficando praticamente inabalável, me lembravam Noé e muitas das vezes o próprio Jó, mas não desviemos o assunto. Toda aquela moral e baboseira de seguir o caminho do bem me soavam como 'blábláblá', chegava a me dar repulsa, mas era isso que mais me motivava, ele passou a ser o desafio da minha eternidade.

Tentei brigas, e tentações de todo o tipo... Nada dava certo, foi aí que resolvi apelar para a maior fraqueza do ser humano, principalmente de todo homem: o amor de uma mulher...

Raphael era apaixonado por uma garota chamada Cassandra, sua amiga de infância. Aos 14 anos, Raphael ainda era covarde demais para dizer a ela o sentimento puro e verdadeiro que sentia, que ia além de amizade. Como eu não podia aproximar-me de Raphael, comecei então, a bombardear ou influenciar, se prefirir, a mente da sua incondicionalmente amada, Cassandra; às vezes em sonhos, outrora enquanto acordada, por mim, o que importava, de fato, era o resultado... Como assim 'bombardear a mente'? De uma maneira bem simples, e para que um mortal, tão limitado como você entenda... Aticei nela desejos e pensamentos... Eróticos... Sim, ela começou a ter 'sonhos' e a desejar mais do que nunca o nosso protagonista, Rapahel. Tamanho foi o desejo dela, que foi ela quem deu o primeiro passo, eliminando de vez o medo de Raphael. Como eu tinha certeza de que funcionaria? Ora, meu amigo! Minha sabedoria é limitada, porém sua mente humana é frágil demais para compreender os limites dela, além disso, já existo há muito tempo, tempo o suficiente para entender a natureza da 'maior criação' dEle; macacos bípedes, grande coisa... Voltemos ao assunto, onde eu estava? Ah, sim, claro... No fim das contas, os dois começaram a namorar, assim que entraram no colegial. Cupido? Eu, bonzinho? Desculpe, mas desse modo você me insulta, aliás, cada suspiro seu me incomoda; deixe-me terminar, afinal, não uni os dois a toa. Durante três anos, deixei os dois desfrutarem um do outro, sem nenhuma interferência minha. O que eu fiz nesse meio tempo? Tratando de alguns assuntos, trabalho, negócios, acertar alguns detalhes com 4 amigos que mal podem esperar pelo Apocalipse, mas nada que seja realmente da sua conta, mortal...

Passado o período de três anos, fui rever meu amigo Raphael. Naquele ano, ele e Cassandra terminavam o colegial e haveria um baile no final do ano, com direito àquela baboseira e besteirol todo; humanos... Enfim, era uma oportunidade com a qual fui presenteado pelo acaso para a segunda etapa do meu plano.

Naquela noite, tomaria de Raphael seu bem mais precioso, Cassandra... Fiz questão de fazer isso eu mesmo. Tudo que precisei foi assumir minha forma antiga, dos tempos em que eu estava acima de todos, nenhuma mortal resistiria a tamanha beleza... Quando chegaram, fiz com que em meio aquela aglomeração no baile, eles se separassem, foi aí que entrei em cena. Bastou apenas um olhar e a doce Cassandra entregou-se a mim. Nunca me esquecerei daqueles lábios... Tão repulsivos e indignos do meu ser; para a minha sorte, não durmo, logo não tenho sonhos ou , no caso, pesadelos... Raphael presenciou aquela cena, aquilo era algo que nunca teria passado por sua cabeça se não tivesse visto com seus próprios olhos; ainda me lembro da feição de decepcão, tristeza, e ódio, tudo ao mesmo tempo... Para mim, algo muito cômico.

Como de se esperar, logicamente tudo ocorreu como eu planejei. Raphael e Cassandra tiveram uma briga e acabaram terminando o que parecia ser um amor de conto de fadas; infelizmente essa é a vida real, portanto... Não existe 'felizes para sempre'...
Pra que isso tudo? Você realmente não percebeu a grandeza de meu plano? Naquela noite, foram plantadas no coração de Raphael, as sementes do ódio, remorso, desconfiança e tristeza. Dali pra frente, seria tudo mais fácil, nada de luz ofuscando meus olhos, nada daqueles enjoados alados sem vontade própria rodeando Raphael, o meu caminho estava livre.

Passado um certo tempo, após esses acontecimentos, Raphael entrou para uma banda como guitarrista, ele já possuia uma certa aptidão e talento para a música. A banda teve um certo êxito, era conhecida na cidade, e começava a ter seu nome espalhado pela região. Raphael se tornara o que podemos chamar de 'bon vivant', com seus 18 anos, saindo em um dia, voltando para casa dois dias depois, fumava, de vez em quando chegava a usar algumas drogas, um jovem comum nos dias de hoje.

Meu próximo passo, era plantar-lhe o ódio total por um determinado Ser. Do jeito que estava levando a vida dele, não seria difícil.

Com a morte de seus pais, Raphael passou a viver com seu avô. Matá-lo? Ora, calma, não iria tirar a vida dele assim, de repente; até por que isso não teria a mínima graça. Resolvi matar aquele velho lentamente, mandando-lhe um presente... Tuberculose.

Ele adoeceu, e passados 2 meses doente, no hospital. Em seu leito de morte, Raphael ficava se queixando e questionando ao seu lado.
- Afinal, que Deus é esse? Ele não é o Todo Poderoso e misericordioso? Você só tem 62, avô, não merece morrer assim...
- Deus sabe o que faz, meu filho...
- Não é o que parece... Parece mais que ele é um garoto com um bisturi nas mãos e nós somos os sapos que seremos dissecados na aula de ciências!
- Não fale assim, Raphael. Tudo tem seu propósito, seja ele determinado, ou não por Deus. Não alimente esse ódio, garoto... Ele só fará mal a você....

Essas foram as últimas palavras de seu avô antes de falecer. Você tinha de ver a cara dele, toda aquela frustração e ódio. Nasceu ali, um novo Raphael, mais forte e preparado para o que viesse. Ali, ele se tornava invencível, alguém que realmente não tem pelo que viver...

(Não esqueça de comentar, fui xD)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Apresentação...

Primeiramente, olá a todos... Bom, decidi começar a escrever um blog para divulgar minhas crônicas, que pretendo, se um dia tiver a ilustre oportunidade, de vir a publicá-las, hehe. Bom, a primeira crônica que estarei buscando postar semanalmente e tentar terminá-la chama-se 'O Contrato', trata-se de uma história bem interessante sobre um pacto feito com o 'Lu', hehe, bom, o resto vocês verão nas postagens a seguir que começarão a contar essa história, bom... até a próxima postagem.
Lembrando que são postagens semanais, e de vez em quando poderei postar até 3 por semana, ou até posso ficar sem postar, mas fazer o que, vagabundo só trabalha na hora que quer, isso quando trabalha...
xD